Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Psicologia de Oslo, na Noruega, conseguiu mostrar como os recém-nascidos enxergam seus pais. Combinando tecnologia, matemática e conhecimentos prévios sobre a percepção visual das crianças, os resultados indicam que mesmo bebês de apenas 2 a 3 dias de vida conseguem identificar o rosto da mãe e até expressões faciais a uma distância de 30 centímetros. Quando o espaço é aumentado para 60 centímetros, a imagem fica muito turva e o bebê passa a ter dificuldade de assimilar rostos e expressões.

O estudo  também  ajuda a explicar as premissas de que recém-nascidos podem imitar expressões faciais dos adultos nas primeiras semanas de vida, antes mesmo de sua visão estar suficientemente desenvolvida. Para o professor Svein Magnussen, do Instituto de Psicologia da universidade, a chave está na utilização de imagens em movimento. “Anteriormente, quando os pesquisadores tentaram estimar exatamente o que os bebês enxergam, usaram invarialmente fotografias. Mas o mundo real é dinâmico. Nossa ideia foi usar imagens em movimento”, declarou.

Como foi feito o estudo

Os pesquisadores tiveram de combinar técnicas de simulação modernas com ideias já consolidadas sobre o funcionamento da visão dos bebês para realizar o experimento. Graças a estudos comportamentais feitos principalmente nos anos 80, há uma grande quantidade de informações sobre a sensibilidade ao contraste própria da visão das crianças e a também sobre sua percepção espacial. Nessa época, descobriu-se ao colocar uma figura contra um fundo cinza, o olhar da criança se direcionava a ela. Os pesquisadores, então, utilizaram essa informação para a elaboração do experimento.

Eles partiram da premissa de que é mais fácil enxergar imagens em movimento, portanto borradas (sabe quando você fotografa alguém ou algo que se move?). A partir de retratos de rostos em preto e branco, dispostos em tiras, os pesquisadores fizeram um vídeo no qual as pessoas retratadas aparecem meio borradas, mudando gradativamente sua expressão facial.  De acordo com Magnussen, “escolhendo uma certa largura para as tiras (de fotos) e uma certa frequência (para o vídeo), o campo todo apareceria cinza, de modo uniforme, e a criança não olharia direto para ele. Mudando a largura e a frequência para dar destaque às figuras, foi possível determinar o nível exato de contraste e resolução espacial necessários para fazer com a criança direcione o olhar às imagens”, explica.

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Fonte: Revista Crescer

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