A comunicação está mais presente na vida em sociedade do que imaginamos. Além de todos os meios midiáticos existentes, como o jornal e a televisão, por exemplo, dar uma aula, assistir a um filme, ler um livro ou receber uma revista em casa pelo correio são atos de troca de informação. “Estruturas comunicativas como essas fazem parte da cultura contemporânea. Por isso, não podem ser ignoradas pela escola”, diz Sueli Furlan, docente da Universidade de São Paulo (USP) e autora das Orientações Curriculares da cidade, que sugere abordar essa temática.
Pensando nisso, a professora Eliana Aparecida Carleto, da EEB da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), propôs à turma do 3º ano estudar a importância e a evolução dos meios de comunicação na sociedade (veja a linha do tempo na galeria acima). Na primeira aula, Eliana conversou com a turma, fazendo perguntas como: “O que são os meios de comunicação? Qual deles foi o primeiro a ser usado? Eles mudaram ao longo do tempo?”. “A princípio, as crianças lembraram dos que são mais próximos delas, como a TV. Então, pedi que imaginassem como teria sido a época em que eles não existiam”, diz a professora. Todos anotaram o que havia sido discutido.
As cartas não foram citadas pela criançada. Por isso, a educadora convidou o vizinho da escola, Luiz Marques Rodrigues, 80 anos, para falar sobre elas. Todos conversaram sobre o tempo de demora para a chegada da correspondência e como esse sistema foi ficando mais rápido.
Para levar os estudantes a refletir sobre o tema, a docente solicitou como tarefa de casa que respondessem a perguntas com a ajuda de familiares ou vizinhos. Entre as questões, estavam: “Qual ou quais os meios de comunicação que seus pais e avós utilizavam com mais frequência quando tinham a mesma idade que você tem hoje? Atualmente, além de e-mail e telefone, que outros meios utilizamos para nos comunicar? Há semelhanças entre as mensagens eletrônicas, as cartas e os telegramas?”.
Eliana avisou aos responsáveis, por meio de bilhetes, que a classe estava estudando o assunto e pediu que disponibilizassem cartas, fotos de meios de comunicação antigos e outros materiais. Na aula seguinte, as crianças compartilharam as descobertas que haviam feito. Uma delas levou uma carta escrita pela avó, que ainda tem esse costume. Lido o texto, Carlos Augusto, 8 anos, perguntou: “Por que ela não mandou um e- mail?”. “Aproveitei para pontuar que nem sempre as pessoas sabem ou querem usar todos os meios disponíveis”, lembra a docente.
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