As brincadeiras tradicionais não precisam ser esquecidas só porque as crianças brincam cada vez menos na rua. Com base no livro A Arte de Brincar, de Adriana Friedmann, listamos algumas delas, junto das habilidades que elas ajudam a desenvolver. Que tal brincar com as crianças e relembrar a sua infância? Vai ser divertido!
Amarelinha, peteca e pião combinam visão e coordenação motora. Também desenvolvem força, destreza e senso de distância. É necessário lidar com a diversidade de regras, já que em cada cultura se joga de um jeito e com variados materiais.
Atividades como corrida de saco, corda, elástico e pula-sela desafiam os participantes não apenas a se superar fisicamente. As crianças também precisam de ritmo para combinar os movimentos necessários e conquistar o objetivo.
Barra-manteiga, cabra-cega, caça ao tesouro, mãe da rua, morto-vivo, pega-pega, esconde-esconde… Brincadeiras como essas têm o potencial de desenvolver habilidades físicas, como correr e pular. Coordenação motora e agilidade são outros ganhos. Além disso, elas promovem o pensamento estratégico e fazem com que as crianças se coloquem no lugar do outro. Ao mesmo tempo em que são desafiadas individualmente, começam a se conectar com seus pares, não somente no espírito de ganhar ou perder e de competir, mas também no de se ajudar.
Cabo de guerra e queda de braço são exemplos em que se aprende que é importante unir forças, coordenar movimentos e cooperar como time, além de torcer junto e se apoiar.
Gamão, dados, dama, dominó, memória, mico, quebra-cabeça, jogos de percurso, como Ludo e Banco Imobiliário, e xadrez são jogos de mesa interessantes para se pôr no lugar do outro, esperar a vez, conter-se,vencer os próprios limites e aprender a sincronizar jogadas com o parceiro ou o adversário.
Conforme o grupo social, o contexto socioeconômico e a região, as crianças representam suas realidades e seus anseios nas brincadeiras de faz de conta, como cabeleireiro, casinha, mercado, médico e escritório. É uma oportunidade para elas revelarem diversas temáticas que fazem parte de suas vidas, pois, nesses momentos, têm a oportunidade de trabalhar a criatividade, a fantasia e as emoções positivas e negativas (medos, frustrações e afetos).
As crianças são pequenos cientistas e podem, pelas brincadeiras, construir, desconstruir, além de descobrir como os objetos são feitos. Exemplos: catavento, pipa e pé de lata.
Essas brincadeiras misturam coordenação motora fina, agilidade e ritmo: bambolê, batata-quente, dança das cadeiras, iô-iô, jokempô (pedra, papel e tesoura), pau de sebo e queimada.
Brincadeiras de roda, como ciranda-cirandinha, escravos de Jó e corre-cotia são boas pedidas para ampliar o repertório cultural de canções populares de várias regiões e épocas. Trabalham também o vocabulário e a noção de coletividade.
Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Especial-Ferias-de-Julho/