Não há mãe ou pai que se segure quando o bebê dá o primeiro sorriso. Se você se empolgou com a risadinha fofa do seu filho logo no início da vida, saiba que a ação, que parece puramente espontânea, pode não ser tão natural assim.

Uma pesquisa recente da Universidade da Califórnia mostrou que, ao sorrir, o bebê não está simplesmente se expressando, mas age de forma pensada e sofisticada para provocar a mesma reação nos que estão a sua volta, especialmente os pais.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores programaram um robô, batizado de San Diego, para imitar o comportamento de bebês com base em análises de interações de 13 mães com seus filhos com idades abaixo de quatro meses. Na pesquisa, 11 das 13 crianças apresentaram sorriso intencional.

Ao interagir com estudantes, o robô simulava a reação dos pequenos – fazia caretas de choro, parava, sorria – e provocava sorrisos, mas sem realizar muito esforço. Toda ação é orquestrada, como se fosse um jogo. Há intervalos intencionais entre um sorriso e outro e o tempo que o sorriso deve durar também é pensado pelo bebê. Tudo para tirar dos pais a atenção que desejam.

A neurologista infantil Carla Gikovate explica que os cérebros da mãe e do bebe vêm prontos para essa interação. “O bebê, instintivamente, sabe que se ele for sedutor e envolvente, ele aumenta suas chances de sobrevivência, suas chances de ser cuidado, de ser atendido e de receber a atenção que ele gostaria”, diz. O contato com uma criança sorridente faz com que o cérebro da mãe ative partes químicas que proporcionam o afeto e, assim, o vínculo entre os dois aumenta. “A natureza foi muito eficiente nessa relação de mão dupla, em que o bebê é sorridente e a mãe se envolve. O sorriso é um reforço positivo para a mãe continuar cuidando, conversando e se esforçando no papel”, analisa.

 

Fonte: Revista Crescer

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